ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
No exercício da astrologia tradicional, é comum que o astrólogo se depare com variadas configurações apontando para uma mesma realidade, embora por caminhos distintos. Isso ocorre porque o céu, em sua ordem complexa, repete suas mensagens por diversas vias, conforme o tipo de juízo que se realiza — seja numa revolução solar, profecção, direções ou trânsitos.

Como exemplo, recentemente, ao analisar as revoluções solares de um casal, percebi que as previsões de ambos apontavam para circunstâncias semelhantes, ainda que por elementos distintos da configuração celeste. Essa convergência, por vias diferentes, é algo que confirma a realidade do juízo quando corretamente fundamentado.

É nessas horas que se percebe um ponto fundamental:

• Não é a lista de significados decorados que sustenta a interpretação,

• Mas o domínio da linguagem celeste — o entendimento profundo de como os astros operam em seu movimento, relações e virtudes.

A astrologia tradicional não se resume a palavras-chave. Ela exige do astrólogo o hábito do estudo, da contemplação, da comparação de juízos, e sobretudo, o cultivo da sabedoria que integra arte e natureza.

Interpretar não é repetir fórmulas — é ouvir o céu.

#astrologiaclassica #astrologiatradicional #anarodrigues_astrologa
No exercício da astrologia tradicional, é comum que o astrólogo se depare com variadas configurações apontando para uma mesma realidade, embora por caminhos distintos. Isso ocorre porque o céu, em sua ordem complexa, repete suas mensagens por diversas vias, conforme o tipo de juízo que se realiza — seja numa revolução solar, profecção, direções ou trânsitos. Como exemplo, recentemente, ao analisar as revoluções solares de um casal, percebi que as previsões de ambos apontavam para circunstâncias semelhantes, ainda que por elementos distintos da configuração celeste. Essa convergência, por vias diferentes, é algo que confirma a realidade do juízo quando corretamente fundamentado. É nessas horas que se percebe um ponto fundamental: • Não é a lista de significados decorados que sustenta a interpretação, • Mas o domínio da linguagem celeste — o entendimento profundo de como os astros operam em seu movimento, relações e virtudes. A astrologia tradicional não se resume a palavras-chave. Ela exige do astrólogo o hábito do estudo, da contemplação, da comparação de juízos, e sobretudo, o cultivo da sabedoria que integra arte e natureza. Interpretar não é repetir fórmulas — é ouvir o céu. #astrologiaclassica #astrologiatradicional #anarodrigues_astrologa
1 dia ago
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A última Lua Nova ocorreu na Casa XII do mapa do Brasil — setor que, na tradição astrológica, está ligado ao sofrimento, ao infortúnio, às perdas, aos abismos e aos lugares de exclusão como hospitais e prisões. 
Natural que esse ciclo tenha se inaugurado sob um clima de comoção coletiva, simbolizado pelo trágico episódio da brasileira que caiu de um penhasco em um vulcão na Indonésia, e pelo tema da anistia, na pauta de manifestação na última semana no país.

Minha mente, inicialmente, se voltou a algo mais amplo e sombrio, como o conflito entre Israel e Irã — onde, felizmente, houve uma trégua, mas os ataques na faixa de Gaza se intensificaram. Nem sempre conseguimos prever com exatidão o fato, mas o clima que o antecede e o envolve, este sim, pode ser observado com clareza.

E é justamente por isso que prefiro a divisão das casas por quadrantes, um sistema espacial e temporal, ligado à rotação da Terra e à experiência concreta do céu.: ela reflete com maior fidelidade os movimentos do céu e os tons sutis que antecedem os eventos do mundo sublunar. 

Para alguns cálculos os signos inteiros são interessantes também.

#astrologiatradicional #luanova #casaxii #mapadobrasil #casasporquadrantes #astrologia
A última Lua Nova ocorreu na Casa XII do mapa do Brasil — setor que, na tradição astrológica, está ligado ao sofrimento, ao infortúnio, às perdas, aos abismos e aos lugares de exclusão como hospitais e prisões. Natural que esse ciclo tenha se inaugurado sob um clima de comoção coletiva, simbolizado pelo trágico episódio da brasileira que caiu de um penhasco em um vulcão na Indonésia, e pelo tema da anistia, na pauta de manifestação na última semana no país. Minha mente, inicialmente, se voltou a algo mais amplo e sombrio, como o conflito entre Israel e Irã — onde, felizmente, houve uma trégua, mas os ataques na faixa de Gaza se intensificaram. Nem sempre conseguimos prever com exatidão o fato, mas o clima que o antecede e o envolve, este sim, pode ser observado com clareza. E é justamente por isso que prefiro a divisão das casas por quadrantes, um sistema espacial e temporal, ligado à rotação da Terra e à experiência concreta do céu.: ela reflete com maior fidelidade os movimentos do céu e os tons sutis que antecedem os eventos do mundo sublunar. Para alguns cálculos os signos inteiros são interessantes também. #astrologiatradicional #luanova #casaxii #mapadobrasil #casasporquadrantes #astrologia
2 semanas ago
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A guerra entre Israel e Irã tem despertado o interesse por previsões astrológicas, mas é importante lembrar que conflitos específicos são melhor analisados pela astrologia horária, que oferece maior precisão. 

A astrologia mundial também pode ser útil, embora reflita os temas gerais de um período para uma região, não necessariamente o desenrolar da guerra.

Se estiver interessado em fazer uma consulta horária sobre o tema, observe o seguinte. Segundo Sahl ibn Bishr, se Saturno estiver angular numa pergunta sobre guerra, o conflito será prolongado, cessando apenas quando Saturno mudar de posição. 

Na tradição, Marte, Júpiter e Saturno — os planetas superiores ao Sol — são os principais indicadores em tempos de guerra. Observando os trânsitos hoje, Júpiter está em combustão: mesmo exaltado, não consegue exercer sua força conciliadora. Passou por uma quadratura com Saturno em Áries, e permanece enfraquecido até julho. Depois disso, melhora com a ascensão heliacal e mudança par a fase oriental, onde fica melhor, mas Saturno segue retrógrado em Áries até setembro, o que ainda dificulta qualquer acordo de paz duradouro.

Um período mais favorável surge entre setembro e fevereiro de 2026, quando Saturno retorna a Peixes, podendo abrir espaço para uma trégua. Mas em fevereiro, com Saturno de volta a Áries e Júpiter ingressando em Leão em junho, os indícios de conflito reaparecem — desta vez sem a proteção jupiteriana. 

Quando Júpiter chegar a Leão, estará em oposição ao ponto da última grande conjunção, que ocorreu em 0 grau de Aquário.

#astrologiaclassica
A guerra entre Israel e Irã tem despertado o interesse por previsões astrológicas, mas é importante lembrar que conflitos específicos são melhor analisados pela astrologia horária, que oferece maior precisão. A astrologia mundial também pode ser útil, embora reflita os temas gerais de um período para uma região, não necessariamente o desenrolar da guerra. Se estiver interessado em fazer uma consulta horária sobre o tema, observe o seguinte. Segundo Sahl ibn Bishr, se Saturno estiver angular numa pergunta sobre guerra, o conflito será prolongado, cessando apenas quando Saturno mudar de posição. Na tradição, Marte, Júpiter e Saturno — os planetas superiores ao Sol — são os principais indicadores em tempos de guerra. Observando os trânsitos hoje, Júpiter está em combustão: mesmo exaltado, não consegue exercer sua força conciliadora. Passou por uma quadratura com Saturno em Áries, e permanece enfraquecido até julho. Depois disso, melhora com a ascensão heliacal e mudança par a fase oriental, onde fica melhor, mas Saturno segue retrógrado em Áries até setembro, o que ainda dificulta qualquer acordo de paz duradouro. Um período mais favorável surge entre setembro e fevereiro de 2026, quando Saturno retorna a Peixes, podendo abrir espaço para uma trégua. Mas em fevereiro, com Saturno de volta a Áries e Júpiter ingressando em Leão em junho, os indícios de conflito reaparecem — desta vez sem a proteção jupiteriana. Quando Júpiter chegar a Leão, estará em oposição ao ponto da última grande conjunção, que ocorreu em 0 grau de Aquário. #astrologiaclassica
3 semanas ago
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Quando falamos sobre aspectos astrológicos, nem sempre temos uma percepção clara do clima que eles indicam. 

Alguns astrólogos tendem a interpretar os temas dos planetas envolvidos como componentes do clima geral. Outros preferem observar as qualidades dos planetas e luminares — como calor, frio, umidade e secura — para compreender o humor predominante.

Nenhuma dessas abordagens está incorreta. No entanto, é essencial lembrar que, na astrologia tradicional, baseada na teoria das esferas, quanto mais lento e pesado é o astro, menos suscetível ele é à influência de outros corpos celestes.

Saturno, por exemplo, é o mais pesado dos sete astros tradicionais. Ele dificilmente altera suas qualidades essenciais, mesmo quando em aspecto ou conjunção com outros planetas. Saturno permanece frio e seco, modulando-se apenas minimamente, em raras situações, para o calor ou a umidade.

Já a Lua, sendo o astro mais rápido, é altamente influenciável. Seus contatos com outros astros modificam significativamente suas qualidades momentâneas.

Por isso, a Lua é usada como principal indicador do clima astrológico e do humor geral, além de ser a base para a escolha de momentos eletivos favoráveis ou desfavoráveis. Seu ciclo rápido não apenas alterna entre frio e umidade, mas também reflete e absorve as qualidades dos planetas com os quais entra em aspecto, somando calor ou intensificando o frio, aumentando a secura ou amplificando a umidade.

A Lua é, portanto, o astro coringa em todos os ramos da astrologia — seja na eletiva, horária, natal, mundial ou mesmo nas revoluções solares. Seu movimento e seus aspectos oferecem pistas valiosas sobre a qualidade do tempo e as dinâmicas sutis de cada momento.

#astrología #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Quando falamos sobre aspectos astrológicos, nem sempre temos uma percepção clara do clima que eles indicam. Alguns astrólogos tendem a interpretar os temas dos planetas envolvidos como componentes do clima geral. Outros preferem observar as qualidades dos planetas e luminares — como calor, frio, umidade e secura — para compreender o humor predominante. Nenhuma dessas abordagens está incorreta. No entanto, é essencial lembrar que, na astrologia tradicional, baseada na teoria das esferas, quanto mais lento e pesado é o astro, menos suscetível ele é à influência de outros corpos celestes. Saturno, por exemplo, é o mais pesado dos sete astros tradicionais. Ele dificilmente altera suas qualidades essenciais, mesmo quando em aspecto ou conjunção com outros planetas. Saturno permanece frio e seco, modulando-se apenas minimamente, em raras situações, para o calor ou a umidade. Já a Lua, sendo o astro mais rápido, é altamente influenciável. Seus contatos com outros astros modificam significativamente suas qualidades momentâneas. Por isso, a Lua é usada como principal indicador do clima astrológico e do humor geral, além de ser a base para a escolha de momentos eletivos favoráveis ou desfavoráveis. Seu ciclo rápido não apenas alterna entre frio e umidade, mas também reflete e absorve as qualidades dos planetas com os quais entra em aspecto, somando calor ou intensificando o frio, aumentando a secura ou amplificando a umidade. A Lua é, portanto, o astro coringa em todos os ramos da astrologia — seja na eletiva, horária, natal, mundial ou mesmo nas revoluções solares. Seu movimento e seus aspectos oferecem pistas valiosas sobre a qualidade do tempo e as dinâmicas sutis de cada momento. #astrología #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
4 semanas ago
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Dee nasceu em 13 de julho de 1527 às 16h02, perto de Londres. Ele não deixou nenhum registro de interpretação de seu próprio mapa, mas sabemos que ele conseguiu traçar as posições em poucos minutos, sem dúvida usando uma das quinze efemérides que ele tinha em sua posse.

Dee era um verdadeiro homem da Renascença. Era imerso no aprendizado de assuntos como astronomia, matemática, geografia, história e ciência. Foi um brilhante palestrante e demonstrador, sondando os segredos de sua vasta leitura, associações estrangeiras e sua biblioteca única lhe deram uma consciência que talvez fosse mais profunda do que outras de sua época. Seu interesse por tais assuntos era lendário e suas contribuições para a Inglaterra nessas áreas eram extensas. Seus escritos incluíam assuntos como navegação, história, geometria, astrologia e muitos outros. Seu trabalho na navegação foi de considerável vantagem para os esforços da Inglaterra para forjar novas áreas de domínio no mundo. Mas, o mais importante para Dee, ele era um cabalista cristão, que estava bem ciente do mundo supercelestial dos anjos e poderes divinos. Frances Yates comentou que, para realmente entender John Dee, devemos enfrentar o fato de que ele era um seguidor de Cornelius Agrippa e tentou aplicar a filosofia “oculta” durante toda a sua vida e trabalhá-la em tudo o que fez.

Durante o tempo do reinado de Maria, Dee iniciou uma obra própria, Propaedeumata Aphoristica (Preliminary Aphoristic Teachings), uma série de máximas explicando os poderes astrológicos por processos racionais. Ele queria entender como os eventos celestes influenciavam os sublunares. Dee acreditava que quando Deus criou o universo, ele soltou uma força divina, que fez os planetas girarem, o Sol se levantar e a Lua aumentar e diminuir. Magia é a habilidade humana de explorar essa força. Quanto melhor a nossa compreensão do modo como conduz o universo, mais poderosa é a magia. Dee teorizou que cada entidade no universo emanava “raios” ou uma força que influencia outros objetos atingidos. Ele tomou como exemplo as forças de atração e repulsão produzidas pelo minério de ferro “magnetita” – magnetizado. Isso demonstrou em miniatura o que estava acontecendo em todo o universo. A característica importante dos “raios” para Dee era que eles poderiam ser estudados cientificamente. Ele pediu por estudos astronômicos mais detalhados, para que os verdadeiros tamanhos e distâncias e, portanto, influências dos corpos celestes pudessem ser estabelecidos. Isso se tornou a base da filosofia natural de Dee e, de várias maneiras, antecipa Principia Mathematica, de Isaac Newton. Como Newton, Dee acreditava que o universo funcionava de acordo com as leis matemáticas. Dee planejara que o Propaedeumata fosse seu “magnum opus”. No entanto, duas epidemias devastadoras de gripe em 1557/58 deram a Dee razões para acreditar que seus dias estavam contados. Ele se apressou em terminá-lo e conseguiu que um rascunho fosse publicado no caso de sua morte. No entanto, a crença em sua morte iminente foi um tanto prematura e ele passou a viver outros cinquenta anos muito frutíferos.

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