ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
No tratado A Astrologia, os Signos do Zodíaco e os Julgamentos Astrológicos (al-falak wa-al-burūj wa-al-aḥkām al-falakiyyah), de Sahl Ibn Bishr, o segundo livro reúne cinquenta aforismos que condensam princípios fundamentais da arte. O quarto aforismo apresenta uma regra simples, porém decisiva, para todo o julgamento astrológico:

“Quando a luz de um maléfico se aproxima e obscurece a luz de um benéfico, vê-se o maléfico e não se pode evitar a corrupção. Se um benéfico ultrapassa o maléfico por um grau completo, surge preocupação sem dano físico, pois o maléfico já se afasta. E o mesmo vale para os benéficos: se o planeta os ultrapassa por um grau completo e se afasta totalmente, há esperança, mas o assunto não se completa.”

A essência deste ensinamento é que o estado de aplicação ou separação entre dois planetas determina o curso dos assuntos.

Este princípio é universal e deve ser aplicado a qualquer ramo da astrologia. No mapa natal, por exemplo, um planeta mais rápido que se separa de um maléfico lento indica que o nativo se afasta de dificuldades relativas aos temas governados por aquele planeta. Mas quando está em aproximação ao aspecto exato com um maléfico, anuncia impedimentos, danos ou desgaste. O contato com os benéficos segue o movimento oposto: aproximar-se deles traz facilidade e realização; afastar-se diminui a força de cumprimento.

Trata-se de uma chave interpretativa de grande utilidade prática. Assuntos de longo prazo, como casamento, carreira, estabilidade e obras que exigem tempo, revelam seu futuro com clareza quando observamos de quais planetas seus significadores se aproximam e de quais se afastam. Assim, Sahl recorda que não basta registrar a existência de aspectos: é o movimento dos planetas, e a luz que cada um recebe ou perde, que determina o sucesso ou a frustração dos assuntos humanos.

#astrologia #anarodrigues_astrologa #astrologiaclassica #astrologiatradicional
No tratado A Astrologia, os Signos do Zodíaco e os Julgamentos Astrológicos (al-falak wa-al-burūj wa-al-aḥkām al-falakiyyah), de Sahl Ibn Bishr, o segundo livro reúne cinquenta aforismos que condensam princípios fundamentais da arte. O quarto aforismo apresenta uma regra simples, porém decisiva, para todo o julgamento astrológico: “Quando a luz de um maléfico se aproxima e obscurece a luz de um benéfico, vê-se o maléfico e não se pode evitar a corrupção. Se um benéfico ultrapassa o maléfico por um grau completo, surge preocupação sem dano físico, pois o maléfico já se afasta. E o mesmo vale para os benéficos: se o planeta os ultrapassa por um grau completo e se afasta totalmente, há esperança, mas o assunto não se completa.” A essência deste ensinamento é que o estado de aplicação ou separação entre dois planetas determina o curso dos assuntos. Este princípio é universal e deve ser aplicado a qualquer ramo da astrologia. No mapa natal, por exemplo, um planeta mais rápido que se separa de um maléfico lento indica que o nativo se afasta de dificuldades relativas aos temas governados por aquele planeta. Mas quando está em aproximação ao aspecto exato com um maléfico, anuncia impedimentos, danos ou desgaste. O contato com os benéficos segue o movimento oposto: aproximar-se deles traz facilidade e realização; afastar-se diminui a força de cumprimento. Trata-se de uma chave interpretativa de grande utilidade prática. Assuntos de longo prazo, como casamento, carreira, estabilidade e obras que exigem tempo, revelam seu futuro com clareza quando observamos de quais planetas seus significadores se aproximam e de quais se afastam. Assim, Sahl recorda que não basta registrar a existência de aspectos: é o movimento dos planetas, e a luz que cada um recebe ou perde, que determina o sucesso ou a frustração dos assuntos humanos. #astrologia #anarodrigues_astrologa #astrologiaclassica #astrologiatradicional
2 dias ago
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Enfim um céu limpo para observar. Agora bem altos no céu, Lua em Peixes próxima de Saturno. 

O céu é sempre um espetáculo.
Enfim um céu limpo para observar. Agora bem altos no céu, Lua em Peixes próxima de Saturno. O céu é sempre um espetáculo.
5 dias ago
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Nosso período anual de descontos nos cursos de Astrologia Clássica chegou!

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1 semana ago
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O trânsito de Marte em Sagitário coloca o planeta da guerra e do conflito em um signo onde não possui dignidade essencial. Em terra estrangeira, Marte torna-se irregular: o fogo mutável de Sagitário dispersa sua força, tornando-o mais ruidoso e inclinado ao excesso.

Com o Sol igualmente em Sagitário, Marte começa a entrar sob os raios solares, caminhando para a combustão. Nesta condição, perde clareza e distinção; age a partir de um ponto cego. A combustão acrescenta ainda mais calor à natureza já quente de Marte, e o signo de Sagitário, também ígneo, amplifica essa secura e impetuosidade.

O resultado é um período marcado por ansiedade, imprudência e arroubos, nos quais o julgamento falha e a impulsividade governa. A tradição assinala, para configurações semelhantes, aumento de:

desordem e conflitos estridentes,
movimentos apressados e temerários,
exagero e disputas inflamadas,
acidentes ligados a fogo, velocidade, quedas e fraturas,
ocorrências envolvendo armas ou instrumentos cortantes.

Assim, Marte, invisível ao olhar por estar próximo ao Sol, age como chama que se expande sem direção: intensa, rápida e difícil de conter.

Enquanto Júpiter está em Câncer, ele segura um pouco, mas está retrógrado.

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O trânsito de Marte em Sagitário coloca o planeta da guerra e do conflito em um signo onde não possui dignidade essencial. Em terra estrangeira, Marte torna-se irregular: o fogo mutável de Sagitário dispersa sua força, tornando-o mais ruidoso e inclinado ao excesso. Com o Sol igualmente em Sagitário, Marte começa a entrar sob os raios solares, caminhando para a combustão. Nesta condição, perde clareza e distinção; age a partir de um ponto cego. A combustão acrescenta ainda mais calor à natureza já quente de Marte, e o signo de Sagitário, também ígneo, amplifica essa secura e impetuosidade. O resultado é um período marcado por ansiedade, imprudência e arroubos, nos quais o julgamento falha e a impulsividade governa. A tradição assinala, para configurações semelhantes, aumento de: desordem e conflitos estridentes, movimentos apressados e temerários, exagero e disputas inflamadas, acidentes ligados a fogo, velocidade, quedas e fraturas, ocorrências envolvendo armas ou instrumentos cortantes. Assim, Marte, invisível ao olhar por estar próximo ao Sol, age como chama que se expande sem direção: intensa, rápida e difícil de conter. Enquanto Júpiter está em Câncer, ele segura um pouco, mas está retrógrado. #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
1 semana ago
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A expansão do Império Islâmico começou em 622 dC com a fuga do profeta Maomé de Meca. Em um século, o Império Islâmico dominou todo o Oriente Médio e se estendeu para o leste do norte da Índia até as fronteiras da China e para o oeste pela Ásia Menor, norte da África e – com a conquista árabe da Espanha e da Sicília – na própria Europa.

Quando o período de conquista militar acabou, os eruditos islâmicos se tornaram entusiastas admiradores das conquistas intelectuais e culturais das grandes civilizações do passado. A astrologia entrou na tradição islâmica a partir de três direções: Pérsia, Índia e Grécia.

O primeiro grande texto astrológico a ser traduzido para o árabe veio da Índia. Este foi o Siddhanda, traduzido em Bagdá por volta de 770 e conhecido pelos árabes como o Sindhind. Mesmo assim, a contribuição grega para a astrologia árabe foi de longe a mais importante.

As conquistas de Alexandre, o Grande, espalharam a civilização grega por todo o mundo antigo; consequentemente, as ideias gregas influenciaram poderosamente a astrologia indígena da Pérsia e da índia. O grande centro cultural de Alexandria no Egito – o “centro do mundo” nos tempos helenistas caiu para os árabes em 642 e os milhares de manuscritos preservados em sua famosa biblioteca abriram o legado intelectual da Grécia para estudiosos islâmicos.

No início do século IX, al-Ma’mun, o califa de Bagdá, fundou uma academia chamada Casa da Sabedoria, que se tornou o centro de um projeto ambicioso para traduzir todos os textos sobreviventes da antiguidade para o árabe. A física de Aristóteles, a astronomia de Hiparco e a astrologia de Ptolomeu revolucionaram a ciência islâmica.

O fundamento filosófico para a astrologia árabe foi estabelecido por al-Kindi (d.866), tutor e médico de al-Ma’mun e considerado como um dos homens mais eruditos de sua época. Baseando-se em idéias clássicas, al-Kindi desenvolveu uma filosofia de “simpatia cósmica” ligando o macrocosmo e o microcosmo. As correspondências entre as configurações celestes e os eventos na Terra demonstraram a inteireza da Criação, enquanto as teorias de Aristóteles e Ptolomeu forneceram uma estrutura científica respeitável. O fatalismo implícito na astrologia era amplamente compatível com os ensinamentos do Islã, que significa “submissão” à Vontade de Allah. O simbolismo astrológico tornou-se um elemento importante nas doutrinas esotéricas dos místicos sufis, embora os teólogos islâmicos mais ortodoxos argumentassem que, como Allah era todo-poderoso, a astrologia era irrelevante na melhor das hipóteses; na pior das hipóteses, era uma ilusão perigosa que beirava a mágica e a demoníaca. Objeções semelhantes foram levantadas por teólogos cristãos quando a astrologia começou a se infiltrar na Europa medieval através das universidades islâmicas da Espanha moura.

Praticamente todos os textos árabes que influenciaram a astrologia medieval permanecem em tradução latina, tornando-os inacessíveis para a maioria dos astrólogos de hoje. Uma rara exceção é o Livro de Instrução dos Elementos da Arte da Astrologia de al-Biruni, escrito em Ghaznah, Afeganistão, em 1029. Não foi entre os textos que surgiram na Europa medieval, e devemos nosso conhecimento atual a R. Ramsey A tradução de Wright, em 1934, de fontes persas e árabes. Embora al-Biruni não fosse uma influência direta sobre a astrologia europeia, ele era altamente considerado em todo o mundo islâmico por seus escritos enciclopédicos. Seu livro de astrologia apresentou um relato conciso dos métodos árabes contemporâneos em contraste com um panorama mais amplo da ciência e cultura islâmica do século XI. 

Fonte:

Campion, Nicholas, An Introduction to the History of Astrology, (ISCWA, 1982)

Arhat’s Project Hindsight has recently issued a translation of the Latin text of Al-Kindi’s On the Stellar Rays.

 

Clique nos nomes para ler a biografia dos principais astrólogos desta fase.

Teophilus de Edessa

Mâshâ’Allah

Omar Tiberiades

Abu Ma’shar

Alchabitius ou Al Qabisi

Al Biruni

Abraham Ibn Ezra

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