ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
Abu Maʿshar desenvolveu uma obra dedicada às Revoluções nas natividades. Em um dos primeiros capítulos, ele explica como identificar o Senhor do Ano e destaca os pontos essenciais a serem considerados em sua interpretação.

O ponto de partida é determinar o Senhor do Ano a partir da profecção do Ascendente. Ele orienta:

“Deves observar, na revolução dos anos, o Ascendente natal e calcular um signo por ano; onde ele alcançar, esse será o signo anual. Seu senhor será o ‘Senhor do Ano’ (regente do tempo), chamado em persa ‘Salchadāi’.”

Ele recomenda avaliar a condição do signo da profecção e de seu senhor tanto na carta natal quanto na revolução solar, incluindo planetas posicionados neste signo, seus aspectos, se o signo é angular, sucedente ou cadente na carta natal e anual, se há estrelas neste signo, lotes ou partes, etc.

Abu Maʿshar explica que:

Se o signo da profecção estiver livre de aflições dos planetas natais e anuais, e seu senhor estiver fortalecido tanto na natividade quanto na revolução, em sua dignidade essencial, isso indica saúde, alegria e prazer nas áreas regidas pelo Senhor do Ano e pelos planetas conectados a ele, por natureza e posição.

Se o signo da profecção estiver aflito por planetas natais ou na revolução, e seu senhor estiver debilitado, isso aponta para doenças, tristeza, perdas e dificuldades nas coisas significadas pelo Senhor do Ano e pelos planetas que o aspectam.

Se o Senhor do Ano for diurno, mas ocupar uma posição noturna, ou se estiver em casas sem força ou retrógrado, isso sugere instabilidade, preocupações e fracasso nas atividades e desejos do nativo.

Abu Maʿshar ainda oferece diretrizes valiosas para a interpretação:

Se o signo da profecção for de natureza fértil e seu senhor estiver bem posicionado, isso indica aumento de bens, prosperidade e crescimento da família.

Se cair em um signo estéril e o senhor estiver debilitado, isso sugere perdas, dificuldades para ter filhos e declínio dos recursos.

#astrologia #astrologiatradicional #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Abu Maʿshar desenvolveu uma obra dedicada às Revoluções nas natividades. Em um dos primeiros capítulos, ele explica como identificar o Senhor do Ano e destaca os pontos essenciais a serem considerados em sua interpretação. O ponto de partida é determinar o Senhor do Ano a partir da profecção do Ascendente. Ele orienta: “Deves observar, na revolução dos anos, o Ascendente natal e calcular um signo por ano; onde ele alcançar, esse será o signo anual. Seu senhor será o ‘Senhor do Ano’ (regente do tempo), chamado em persa ‘Salchadāi’.” Ele recomenda avaliar a condição do signo da profecção e de seu senhor tanto na carta natal quanto na revolução solar, incluindo planetas posicionados neste signo, seus aspectos, se o signo é angular, sucedente ou cadente na carta natal e anual, se há estrelas neste signo, lotes ou partes, etc. Abu Maʿshar explica que: Se o signo da profecção estiver livre de aflições dos planetas natais e anuais, e seu senhor estiver fortalecido tanto na natividade quanto na revolução, em sua dignidade essencial, isso indica saúde, alegria e prazer nas áreas regidas pelo Senhor do Ano e pelos planetas conectados a ele, por natureza e posição. Se o signo da profecção estiver aflito por planetas natais ou na revolução, e seu senhor estiver debilitado, isso aponta para doenças, tristeza, perdas e dificuldades nas coisas significadas pelo Senhor do Ano e pelos planetas que o aspectam. Se o Senhor do Ano for diurno, mas ocupar uma posição noturna, ou se estiver em casas sem força ou retrógrado, isso sugere instabilidade, preocupações e fracasso nas atividades e desejos do nativo. Abu Maʿshar ainda oferece diretrizes valiosas para a interpretação: Se o signo da profecção for de natureza fértil e seu senhor estiver bem posicionado, isso indica aumento de bens, prosperidade e crescimento da família. Se cair em um signo estéril e o senhor estiver debilitado, isso sugere perdas, dificuldades para ter filhos e declínio dos recursos. #astrologia #astrologiatradicional #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
3 dias ago
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No próximo dia 20 de março, inicia-se o novo ano astrológico.

Os antigos tratados de astrologia mundial oferecem uma abundância de informações sobre o que o ano pode trazer de bom ou ruim. Embora muitas dessas informações estejam atreladas ao contexto histórico em que foram escritas, várias delas permanecem relevantes e valiosas como técnicas aplicáveis ao mundo atual.

Ao utilizar métodos tradicionais para análises astrológicas, é essencial adaptar a interpretação ao nosso tempo e contexto, sem perder de vista a essência dos ensinamentos antigos.

Por exemplo, em um dos tratados de Abu Ma’shar, ele menciona que Marte em Câncer indica uma produção moderada de manteiga e óleo para o ano. Em nossa realidade moderna, essa previsão parece anacrônica — a manteiga é produzida em larga escala industrialmente, e o volume de sua produção não carrega o mesmo peso informativo para a população. No entanto, podemos traçar paralelos mais contemporâneos: o petróleo, um recurso vital no cenário geopolítico e econômico, pode ser analisado sob essa mesma ótica simbólica.

Vejamos agora o que Guido Bonatti escreve no Livro da Astronomia sobre Marte em Câncer, quando presente na carta do ingresso do Sol em Áries:

“E se Marte, na revolução do ano, estiver em Câncer ou em sua triplicidade (e especialmente em Câncer), a aparência das coisas que ele significará será nas partes do norte. Mas em Câncer, ele significa naufrágios que acontecem de repente, devido a um forte e súbito sopro de ventos; e significa brigas, contendas e guerras nas partes ocidentais; e haverá opressão por causa do pagamento de tributos, e haverá febres e outras doenças, e haverá dores de garganta e no peito; e o calor será opressivo, e a chuva será diminuída.”

Muito do que Bonatti descreve já se desenrola diante de nossos olhos: disputas tributárias internacionais, ataques ocidentais — como a recente ofensiva dos Estados Unidos contra os rebeldes do Iêmen — e tensões crescentes. Resta acompanhar o desenrolar dos demais eventos previstos...

#astrología #astrologiatradicional #astrologiaclassica #astrologiamundial  #anarodrigues_astrologa
No próximo dia 20 de março, inicia-se o novo ano astrológico. Os antigos tratados de astrologia mundial oferecem uma abundância de informações sobre o que o ano pode trazer de bom ou ruim. Embora muitas dessas informações estejam atreladas ao contexto histórico em que foram escritas, várias delas permanecem relevantes e valiosas como técnicas aplicáveis ao mundo atual. Ao utilizar métodos tradicionais para análises astrológicas, é essencial adaptar a interpretação ao nosso tempo e contexto, sem perder de vista a essência dos ensinamentos antigos. Por exemplo, em um dos tratados de Abu Ma’shar, ele menciona que Marte em Câncer indica uma produção moderada de manteiga e óleo para o ano. Em nossa realidade moderna, essa previsão parece anacrônica — a manteiga é produzida em larga escala industrialmente, e o volume de sua produção não carrega o mesmo peso informativo para a população. No entanto, podemos traçar paralelos mais contemporâneos: o petróleo, um recurso vital no cenário geopolítico e econômico, pode ser analisado sob essa mesma ótica simbólica. Vejamos agora o que Guido Bonatti escreve no Livro da Astronomia sobre Marte em Câncer, quando presente na carta do ingresso do Sol em Áries: “E se Marte, na revolução do ano, estiver em Câncer ou em sua triplicidade (e especialmente em Câncer), a aparência das coisas que ele significará será nas partes do norte. Mas em Câncer, ele significa naufrágios que acontecem de repente, devido a um forte e súbito sopro de ventos; e significa brigas, contendas e guerras nas partes ocidentais; e haverá opressão por causa do pagamento de tributos, e haverá febres e outras doenças, e haverá dores de garganta e no peito; e o calor será opressivo, e a chuva será diminuída.” Muito do que Bonatti descreve já se desenrola diante de nossos olhos: disputas tributárias internacionais, ataques ocidentais — como a recente ofensiva dos Estados Unidos contra os rebeldes do Iêmen — e tensões crescentes. Resta acompanhar o desenrolar dos demais eventos previstos... #astrología #astrologiatradicional #astrologiaclassica #astrologiamundial #anarodrigues_astrologa
1 semana ago
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Vem aí mais um eclipse lunar…. Nunca é demais relembrar …
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2 semanas ago
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Frequentemente, ao buscar indícios de falsidade ou desonestidade, muitos astrólogos recorrem diretamente à Casa XII, tradicionalmente associada ao ocultamento, às armadilhas e aos enganos. No entanto, essa abordagem isolada pode não fornecer respostas precisas.

Existem diversos métodos para investigar o tema da fraude. Além da Casa XII, é possível analisar a antiscia e a contra-antiscia. Na astrologia horária, por exemplo, ao formular a pergunta “Fui enganada?”, observa-se a antiscia e a contra-antiscia do significador da questão. 

Além disso, a Casa VII, que representa o outro, pode revelar indícios de enganos e manipulações, assim como os lotes ou partes árabes.

Abu Mashar, em sua obra Grande Introdução, menciona a Parte da Astúcia como um recurso para identificar a habilidade de uma pessoa em enganar, criar artimanhas e manipular situações. Ele explica:

*”Como Mercúrio é o significador da astúcia, do engano, das artimanhas, da esperteza e do ardil, e como essas características pertencem à natureza da mente, e a Parte do Oculto [Parte do Espírito] está associada às condições da mente, essa parte é calculada a partir de Mercúrio até a Parte do Oculto de dia, e à noite de maneira oposta, sendo então projetada no Ascendente.
Se essa parte e seu Senhor estiverem alinhados com o regente do Ascendente, o nativo será astuto, ardiloso e habilidoso no engano e na esperteza. Se essa parte for bem colocada, o nativo lucrará com essas qualidades. Se for mal posicionada, será prejudicado por elas.

Se Mercúrio estiver associado a Marte ou sob sua influência e tiver relação com essa parte, indica um nativo que será hábil em arrombamentos, manipulação de fechaduras e atividades de ladrões.”*

No contexto moderno, podemos relacionar essa última observação ao universo da tecnologia, identificando perfis como os de hackers, invasores de sistemas ou até mesmo oportunistas que se apropriam dos bens alheios sem permissão.

Aqui está mais uma chave para expandir o conhecimento astrológico e compreender os mecanismos do engano no mapa astral.

#astrologia #astrologiaclassica #astrologiatradicional
Frequentemente, ao buscar indícios de falsidade ou desonestidade, muitos astrólogos recorrem diretamente à Casa XII, tradicionalmente associada ao ocultamento, às armadilhas e aos enganos. No entanto, essa abordagem isolada pode não fornecer respostas precisas. Existem diversos métodos para investigar o tema da fraude. Além da Casa XII, é possível analisar a antiscia e a contra-antiscia. Na astrologia horária, por exemplo, ao formular a pergunta “Fui enganada?”, observa-se a antiscia e a contra-antiscia do significador da questão. Além disso, a Casa VII, que representa o outro, pode revelar indícios de enganos e manipulações, assim como os lotes ou partes árabes. Abu Mashar, em sua obra Grande Introdução, menciona a Parte da Astúcia como um recurso para identificar a habilidade de uma pessoa em enganar, criar artimanhas e manipular situações. Ele explica: *”Como Mercúrio é o significador da astúcia, do engano, das artimanhas, da esperteza e do ardil, e como essas características pertencem à natureza da mente, e a Parte do Oculto [Parte do Espírito] está associada às condições da mente, essa parte é calculada a partir de Mercúrio até a Parte do Oculto de dia, e à noite de maneira oposta, sendo então projetada no Ascendente. Se essa parte e seu Senhor estiverem alinhados com o regente do Ascendente, o nativo será astuto, ardiloso e habilidoso no engano e na esperteza. Se essa parte for bem colocada, o nativo lucrará com essas qualidades. Se for mal posicionada, será prejudicado por elas. Se Mercúrio estiver associado a Marte ou sob sua influência e tiver relação com essa parte, indica um nativo que será hábil em arrombamentos, manipulação de fechaduras e atividades de ladrões.”* No contexto moderno, podemos relacionar essa última observação ao universo da tecnologia, identificando perfis como os de hackers, invasores de sistemas ou até mesmo oportunistas que se apropriam dos bens alheios sem permissão. Aqui está mais uma chave para expandir o conhecimento astrológico e compreender os mecanismos do engano no mapa astral. #astrologia #astrologiaclassica #astrologiatradicional
3 semanas ago
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A divisão do céu em 12 partes de 30 graus cada aconteceu por volta do séc V aC, na Mesopotâmia, sendo a formação do zodíado de 12 signos correspondente a esta divisão.

A cada 1 dos 12 signos são atribuídos 30 graus. Como consequência desta divisão, muitas outras foram estabelecidas durante a fase grega. As mais conhecidas são os termos, divisão dos 30 graus em 5 partes desiguais, e as faces, divisão dos 30 graus em 3 partes de 10 graus.

Outras menores foram perdidas ao longo da história da Astrologia, mas felizmente devido à retomada da Astrologia Clássica com novos textos traduzidos, podemos reaprender a Astrologia.

Vamos falar aqui da subdivisão de cada um dos 30 graus por regência planetária. Quando estudamos astrologia um dos primeiros passos é a compreensão dos domicílios planetários, um diurno e um noturno para cada um dos cinco planetas, e um para cada luminar. Deste forma temos:

Esta atribuição é explicada com o esquema do Thema Mundi, o mapa do Universo, que não é objeto deste estudo.

Outra maneira de atribuir regência é pelos grupos de triplicidades. Para cada triplicidade, a princípio é atribuído um regente diurno (para um mapa cujo Sol esteja acima do horizonte), e outro para o mapa noturno (com o Sol abaixo do horizonte). Assim, no esquema de regência de Dorotheus de Sidon temos um regente diurno, um noturno e um participante.

FOGO ………. SOL ………. JÚPITER ……. SATURNO

TERRA ……….. VÊNUS ……….. LUA ……… MARTE

AR …… SATURNO ……… MERCÚRIO ……… JÚPITER

ÁGUA …….. VÊNUS ………. MARTE…… LUA

A Monomoiria

Monomoiria é uma palavra de origem grega que significa “Um grau”, Mono (Um), e Moira (grau). Era uma forma de medir a dignidade do planeta, citada por Vettius Valens e mais adiante por Paulus Alexandrinus, conforme Robert Schimidt nos diz no Project Hindsight. Otto Neugebauer também citou esta possibilidade em uma publicação para o THe American Philosophical Society em 1987.

Existem duas maneiras de atribuir um regente para um grau. Além de todos os regentes que ele tiver por direito no domicílio, na exaltação, na triplicidade, no termo e na Face, cada grau especificamente recebe um regente particular.

Na forma mencionada poucas vezes Vettius Valens, no meu ponto de vista a mais simples nós temos, o primeiro regente é o planeta regente do signo em questão, e segue na ordem dos caldeus (do planeta mais distante na esfera celeste – Saturno, para o mais próximo – Lua). Ex. O primeiro grau de Áries tem o regente Marte, o segundo tem o Sol, o terceiro tem Vênus, o quarto Mercúrio, o quinto tem a Lua, o sexto tem Saturno e assim por diante.

Paulus Alexandrinus cita o sistema de Valens em Introducion no capítulo 32 da edição Ed Boer de 1958, mas acrescenta outro ponto de vista, utilizando as regências das triplicidades.

Neste esquema por triplicidades, o primeiro passo é identificar a seita da carta, e a partir daí selecionar o regente da triplicidade adequadamente.

Como indiquei na tabela acima, há um regente da triplicidade para a carta diurna, e outro para a carta noturna.

Assim, no exemplo de 1 grau de Áries, precisamo primeiro saber a seita. Se for diurna o regente do grau 1 é Sol, e se for noturna é Júpiter. Depois seguimos no mesmo sentido para os regentes das demais triplicidades, considerando a ordem das triplicidades como fogo, terra, ar e água.

  • Paulus Alexandrinus atribui Marte como regente da triplicidade da água diurna e noturna, diferente de Dorotheus de Sidon, mencionado na tablea inicial.

Como utilizar a Monomoiria

É uma forma pormenorizada de diferenciação por posição de um ângulo, ou planeta. Pode ser utilizada para refinar a análise de uma carta natal, como também para diferenciar cartas de irmãos gêmeos, pois a cada 4 minutos do relógio, temos um grau de ascenção reta. Com 4 minutos de diferença nos nascimentos dos gêmeos podemos diferenciar características do signo ascendente, do Meio do Céu, e das demais casas no sistemas de divisão por quadrantes (Placidus, Alcabitius, Koch,etc)

No estudo de Ema Kurent, ela cita algumas obervações importantes no uso da Monomoiria.

  • Quando um planeta surge muitas vezes como monomoiria de outros planetas ou ângulos. Por exemplo, muitos planetas na Monomoiria da Lua. Neste caso observamos a própria condição da Lua na carta (natureza, poder e força) para compreender o efeito que ela tem sobre os planetas e ângulos em sua Monomoiria.
  • Quando um planeta está em sua própria Monomoiria, o que seria como uma dignidade
  • Para compreender vitalidade observando a monomoiria do Sol. Mas podemos verificar a monomoiria do Hyleg, do Almuten Figuris, do Lot da Fortuna, da SAN ….

Como é uma dignidade específica do grau pode ter um efeito maior como dispositor do grau para os planetas e ângulos.
Pode parecer complexo, e “mais um atributo a analisar”, mas é muito útil especialmente nos casos em que temos dúvidas no caminho a seguir do julgamento da carta, pode iluminar um ponto cego na análise.

Fontes:

VETTIUS VALENS, Anthologies

PAULUS ALEXANDRINUS, Introduction – Ed Boer

ROBERT SHIMIDT, Project Hindsight

EMA KURENT, DFAstrolS, QHP, CMA – Monomoiria, Essential Dignity by degree

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