ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
Um dos fundamentos da prática astrológica tradicional é a correta determinação dos significadores. Todo delineamento — seja numa carta horária ou natal — depende dessa etapa inicial, pois são os significadores que conectam a linguagem simbólica do céu com o assunto concreto que se deseja compreender.

Na astrologia horária, uma pergunta bem formulada já indica o caminho para a escolha adequada dos significadores. O entendimento claro do tema permite reconhecer quais casas e quais planetas estão envolvidos na questão. Embora os significadores não sejam o único ponto a considerar na resposta, eles constituem a base do julgamento: a partir deles, o astrólogo observa aspectos, dignidades, recepções e outros fatores que delineiam o desfecho e a qualidade dos acontecimentos.

Na astrologia natal, o processo é mais complexo, pois os assuntos da vida estão entrelaçados e se manifestam em múltiplos níveis. Ainda assim, a clareza na identificação dos significadores é igualmente essencial. Tomemos o exemplo da saúde: omitir o Ascendente e seu senhor nessa análise é um erro grave. Esses dois pontos não apenas descrevem o corpo e a vitalidade, mas também revelam o temperamento, o ritmo e até a disposição natural da alma e do espírito.

Do mesmo modo, reduzir o Ascendente à ideia de “máscara” é uma distorção que compromete todo o julgamento. O Ascendente é o ponto de emanação da vida, o lugar por onde a alma entra no corpo, e seu senhor governa a condução da existência. Ele nos mostra o modo como o nativo age, busca, deseja e se manifesta no mundo. Ignorar essa profundidade é perder de vista a própria essência da arte astrológica.

Cabe, portanto, ao astrólogo conhecer bem as regras da tradição, compreender a natureza e função de cada significador e, sobretudo, saber dialogar com o consulente. Se a questão não está clara, o dever do astrólogo é perguntar, esclarecer e definir o objeto da análise antes de proceder ao julgamento. Afinal, a precisão do delineamento começa na clareza da intenção — tanto do astrólogo quanto daquele que o consulta.
#astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Um dos fundamentos da prática astrológica tradicional é a correta determinação dos significadores. Todo delineamento — seja numa carta horária ou natal — depende dessa etapa inicial, pois são os significadores que conectam a linguagem simbólica do céu com o assunto concreto que se deseja compreender. Na astrologia horária, uma pergunta bem formulada já indica o caminho para a escolha adequada dos significadores. O entendimento claro do tema permite reconhecer quais casas e quais planetas estão envolvidos na questão. Embora os significadores não sejam o único ponto a considerar na resposta, eles constituem a base do julgamento: a partir deles, o astrólogo observa aspectos, dignidades, recepções e outros fatores que delineiam o desfecho e a qualidade dos acontecimentos. Na astrologia natal, o processo é mais complexo, pois os assuntos da vida estão entrelaçados e se manifestam em múltiplos níveis. Ainda assim, a clareza na identificação dos significadores é igualmente essencial. Tomemos o exemplo da saúde: omitir o Ascendente e seu senhor nessa análise é um erro grave. Esses dois pontos não apenas descrevem o corpo e a vitalidade, mas também revelam o temperamento, o ritmo e até a disposição natural da alma e do espírito. Do mesmo modo, reduzir o Ascendente à ideia de “máscara” é uma distorção que compromete todo o julgamento. O Ascendente é o ponto de emanação da vida, o lugar por onde a alma entra no corpo, e seu senhor governa a condução da existência. Ele nos mostra o modo como o nativo age, busca, deseja e se manifesta no mundo. Ignorar essa profundidade é perder de vista a própria essência da arte astrológica. Cabe, portanto, ao astrólogo conhecer bem as regras da tradição, compreender a natureza e função de cada significador e, sobretudo, saber dialogar com o consulente. Se a questão não está clara, o dever do astrólogo é perguntar, esclarecer e definir o objeto da análise antes de proceder ao julgamento. Afinal, a precisão do delineamento começa na clareza da intenção — tanto do astrólogo quanto daquele que o consulta. #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
6 dias ago
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Significadores Financeiros na Astrologia Natal Tradicional

Não basta olhar só para o regente da 2ª casa como indicador de riqueza. Lilly, Bonatti e outros autores clássicos enfatizam que a prosperidade se lê na combinação de vários significadores:

Senhor [Regente] da 2ª casa (substância material).

Planetas na 2ª casa (benéficos favorecem, maléficos dificultam).

Júpiter (prosperidade, auxílios, oportunidades materiais).

Lote da Fortuna e seu senhor [regente] (sorte).

O astrólogo deve avaliar dignidade essencial, posição por casa, aspectos com benéficos ou maléficos, velocidade, fase, e fatores debilitantes, como combustão, movimento retrógrado e quadraturas aos nodos lunares, conjunções a estrelas fixas de mau augúrio.

Quando todos os significadores estão fortes, há fortes indícios de facilidades; quando estão mistos, indica condição intermediária; quando todos estão fracos, as tendências são mais desafiadoras.

Essa visão integrada vale também para os períodos preditivos. Ao comparar esses mesmos pontos nos trânsitos e nas Revoluções Solares, observa-se se o ciclo tende a melhorar, manter ou enfraquecer o fluxo financeiro indicado pelo mapa natal.

Há ainda significadores secundários de relevância ao  tema material, como o senhor da casa 11 para indicar os lucros em negócios profissionais, o senhor da casa 8 para os recursos de sociedades, e casamentos, e o senhor da casa 5 para lucros em negócios imobiliários.

#astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Significadores Financeiros na Astrologia Natal Tradicional Não basta olhar só para o regente da 2ª casa como indicador de riqueza. Lilly, Bonatti e outros autores clássicos enfatizam que a prosperidade se lê na combinação de vários significadores: Senhor [Regente] da 2ª casa (substância material). Planetas na 2ª casa (benéficos favorecem, maléficos dificultam). Júpiter (prosperidade, auxílios, oportunidades materiais). Lote da Fortuna e seu senhor [regente] (sorte). O astrólogo deve avaliar dignidade essencial, posição por casa, aspectos com benéficos ou maléficos, velocidade, fase, e fatores debilitantes, como combustão, movimento retrógrado e quadraturas aos nodos lunares, conjunções a estrelas fixas de mau augúrio. Quando todos os significadores estão fortes, há fortes indícios de facilidades; quando estão mistos, indica condição intermediária; quando todos estão fracos, as tendências são mais desafiadoras. Essa visão integrada vale também para os períodos preditivos. Ao comparar esses mesmos pontos nos trânsitos e nas Revoluções Solares, observa-se se o ciclo tende a melhorar, manter ou enfraquecer o fluxo financeiro indicado pelo mapa natal. Há ainda significadores secundários de relevância ao tema material, como o senhor da casa 11 para indicar os lucros em negócios profissionais, o senhor da casa 8 para os recursos de sociedades, e casamentos, e o senhor da casa 5 para lucros em negócios imobiliários. #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
2 semanas ago
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O Ponto de Crises na Abordagem Helenística
Na tradição helenística, alguns autores preservaram métodos específicos para determinar graus sensíveis no mapa natal, associados a períodos de crise ou desafios significativos na vida do nativo. Hermes ensina que devemos considerar a distância entre o senhor da lunação pré-natal e Saturno, aplicando esse arco ao Ascendente para encontrar o ponto crítico. Já Vettius Valens propõe outra fórmula: medir a distância entre Marte e Saturno e projetá-la igualmente a partir do Ascendente.

Independentemente de qual abordagem se adote, o resultado é sempre um grau específico na carta — um ponto delicado que merece atenção nas técnicas de previsão. Quando um maléfico em trânsito (Saturno ou Marte) cruza este grau, pode haver indícios de crises, perdas ou situações de tensão. Do mesmo modo, em um ciclo de profeções anuais, se a casa que contém este ponto estiver ativada, ela pode sinalizar um período mais desafiador.

As direções também reforçam esse princípio: um aspecto difícil envolvendo este grau sensível pode marcar momentos críticos. Por outro lado, aspectos fáceis, mesmo de maléficos, tendem a indicar tensões menores, mais gerenciáveis. A presença de um benéfico forte por dignidades (como Júpiter ou Vênus bem posicionados) em aspecto a esse ponto pode aliviar a severidade, oferecer proteção ou transformar a situação em uma oportunidade de crescimento.

Esse método, transmitido pelos mestres helenísticos, destaca a precisão com que a astrologia antiga identificava áreas sutis de vulnerabilidade. Incorporá-lo à prática é um exercício de respeito à tradição e uma forma de aprofundar a leitura dos ciclos críticos na vida do nativo.

#astrologiaclassica #astrologia #anarodrigues_astrologa
O Ponto de Crises na Abordagem Helenística Na tradição helenística, alguns autores preservaram métodos específicos para determinar graus sensíveis no mapa natal, associados a períodos de crise ou desafios significativos na vida do nativo. Hermes ensina que devemos considerar a distância entre o senhor da lunação pré-natal e Saturno, aplicando esse arco ao Ascendente para encontrar o ponto crítico. Já Vettius Valens propõe outra fórmula: medir a distância entre Marte e Saturno e projetá-la igualmente a partir do Ascendente. Independentemente de qual abordagem se adote, o resultado é sempre um grau específico na carta — um ponto delicado que merece atenção nas técnicas de previsão. Quando um maléfico em trânsito (Saturno ou Marte) cruza este grau, pode haver indícios de crises, perdas ou situações de tensão. Do mesmo modo, em um ciclo de profeções anuais, se a casa que contém este ponto estiver ativada, ela pode sinalizar um período mais desafiador. As direções também reforçam esse princípio: um aspecto difícil envolvendo este grau sensível pode marcar momentos críticos. Por outro lado, aspectos fáceis, mesmo de maléficos, tendem a indicar tensões menores, mais gerenciáveis. A presença de um benéfico forte por dignidades (como Júpiter ou Vênus bem posicionados) em aspecto a esse ponto pode aliviar a severidade, oferecer proteção ou transformar a situação em uma oportunidade de crescimento. Esse método, transmitido pelos mestres helenísticos, destaca a precisão com que a astrologia antiga identificava áreas sutis de vulnerabilidade. Incorporá-lo à prática é um exercício de respeito à tradição e uma forma de aprofundar a leitura dos ciclos críticos na vida do nativo. #astrologiaclassica #astrologia #anarodrigues_astrologa
3 semanas ago
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3/4
Muito se tem falado sobre o eclipse solar de 21 de setembro.

No contexto da astrologia tradicional, ele não terá grande efeito sobre o Brasil, pois não será visível em nosso território. A sua visibilidade ficará restrita a uma pequena região do globo, próxima à Austrália e Nova Zelândia, e por ser um eclipse parcial, sua força é naturalmente reduzida.

O fenômeno ocorre no signo de Virgem onde Sol não tem força e, ao abrir a carta para o momento a partir do Brasil, vemos a conjunção Sol–Lua — que caracteriza o eclipse — posicionada na casa 7, associada a assuntos exteriores e relações internacionais. O ponto que conecta esse evento ao nosso país é o papel de Saturno, que ocupa a casa 1. No domingo, o céu estabelece uma sequência significativa: primeiro o Sol se opõe a Saturno, depois a Lua repete a oposição, e por fim ocorre a conjunção entre Lua e Sol. Esse encadeamento indica desafios ou pressões dirigidas a lideranças, já que o Sol — símbolo da autoridade — é ocultado e confrontado por Saturno. Isso sugere que, no cenário internacional, decisões envolvendo o Brasil podem ganhar destaque na pauta global.

Por outro lado, o Ascendente está em Peixes, com Júpiter exaltado na quinta casa — tradicionalmente associada à diplomacia e à habilidade de negociação. O trígono aplicativo entre Júpiter e Saturno reforça a ideia de que a diplomacia e o bom senso tendem a prevalecer sobre qualquer tensão.

Assim, embora o eclipse não deva trazer repercussões graves para o Brasil, ele sinaliza um momento em que as relações exteriores podem ser testadas. O desfecho mais provável não é de ruptura, mas de reafirmação de alianças e posicionamentos já conhecidos, com lideranças internacionais agindo conforme padrões previsíveis — lembrando-nos de que, mesmo sob a sombra do eclipse, a harmonia ainda encontra espaço para se impor.

#astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Muito se tem falado sobre o eclipse solar de 21 de setembro.

No contexto da astrologia tradicional, ele não terá grande efeito sobre o Brasil, pois não será visível em nosso território. A sua visibilidade ficará restrita a uma pequena região do globo, próxima à Austrália e Nova Zelândia, e por ser um eclipse parcial, sua força é naturalmente reduzida.

O fenômeno ocorre no signo de Virgem onde Sol não tem força e, ao abrir a carta para o momento a partir do Brasil, vemos a conjunção Sol–Lua — que caracteriza o eclipse — posicionada na casa 7, associada a assuntos exteriores e relações internacionais. O ponto que conecta esse evento ao nosso país é o papel de Saturno, que ocupa a casa 1. No domingo, o céu estabelece uma sequência significativa: primeiro o Sol se opõe a Saturno, depois a Lua repete a oposição, e por fim ocorre a conjunção entre Lua e Sol. Esse encadeamento indica desafios ou pressões dirigidas a lideranças, já que o Sol — símbolo da autoridade — é ocultado e confrontado por Saturno. Isso sugere que, no cenário internacional, decisões envolvendo o Brasil podem ganhar destaque na pauta global.

Por outro lado, o Ascendente está em Peixes, com Júpiter exaltado na quinta casa — tradicionalmente associada à diplomacia e à habilidade de negociação. O trígono aplicativo entre Júpiter e Saturno reforça a ideia de que a diplomacia e o bom senso tendem a prevalecer sobre qualquer tensão.

Assim, embora o eclipse não deva trazer repercussões graves para o Brasil, ele sinaliza um momento em que as relações exteriores podem ser testadas. O desfecho mais provável não é de ruptura, mas de reafirmação de alianças e posicionamentos já conhecidos, com lideranças internacionais agindo conforme padrões previsíveis — lembrando-nos de que, mesmo sob a sombra do eclipse, a harmonia ainda encontra espaço para se impor.

#astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Muito se tem falado sobre o eclipse solar de 21 de setembro. No contexto da astrologia tradicional, ele não terá grande efeito sobre o Brasil, pois não será visível em nosso território. A sua visibilidade ficará restrita a uma pequena região do globo, próxima à Austrália e Nova Zelândia, e por ser um eclipse parcial, sua força é naturalmente reduzida. O fenômeno ocorre no signo de Virgem onde Sol não tem força e, ao abrir a carta para o momento a partir do Brasil, vemos a conjunção Sol–Lua — que caracteriza o eclipse — posicionada na casa 7, associada a assuntos exteriores e relações internacionais. O ponto que conecta esse evento ao nosso país é o papel de Saturno, que ocupa a casa 1. No domingo, o céu estabelece uma sequência significativa: primeiro o Sol se opõe a Saturno, depois a Lua repete a oposição, e por fim ocorre a conjunção entre Lua e Sol. Esse encadeamento indica desafios ou pressões dirigidas a lideranças, já que o Sol — símbolo da autoridade — é ocultado e confrontado por Saturno. Isso sugere que, no cenário internacional, decisões envolvendo o Brasil podem ganhar destaque na pauta global. Por outro lado, o Ascendente está em Peixes, com Júpiter exaltado na quinta casa — tradicionalmente associada à diplomacia e à habilidade de negociação. O trígono aplicativo entre Júpiter e Saturno reforça a ideia de que a diplomacia e o bom senso tendem a prevalecer sobre qualquer tensão. Assim, embora o eclipse não deva trazer repercussões graves para o Brasil, ele sinaliza um momento em que as relações exteriores podem ser testadas. O desfecho mais provável não é de ruptura, mas de reafirmação de alianças e posicionamentos já conhecidos, com lideranças internacionais agindo conforme padrões previsíveis — lembrando-nos de que, mesmo sob a sombra do eclipse, a harmonia ainda encontra espaço para se impor. #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
4 semanas ago
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Dorotheus de Sidon foi um influente astrólogo do primeiro século depois de Cristo, e sua obra mais conhecida é um poema grego elaborado em cinco livros conhecido literalmente como Pentateuco.

Seu trabalho teve um enorme impacto sobre os astrólogos subsequentes, tanto helenistas , como nas tradições medievais. Sua obra original já não sobrevive em sua totalidade, embora tenhamos uma tradução em inglês, procedente de uma tradução árabe, e esta de uma persa do poema grego original, bem como dispersos fragmentos de sua obra que foram preservados por astrólogos mais tarde em grego e latim.

Os quatro primeiros livros de seu Pentateuco lidam com astrologia natal e o quinto com astrologia catárquica. De um modo geral, os dois primeiros livros abordam métodos tópicos para estudar as diferentes áreas da vida do nativo, muitas vezes envolvendo o uso de Significadores como Senhores do Tempo específicos e lotes. O terceiro livro centra-se nas técnicas de comprimento vida, enquanto o quarto livro lida com a senhor do tempo técnica conhecida como Profecção, bem como outros assuntos como a trânsitos e doenças. Seu quinto livro é o primeiro e o mais longo trabalho sobre astrologia catárquica da tradição helenística.

Apesar da obra Doroteu ter sido escrita no final do 1º século dC, ele já estava agindo como mais um compilador de doutrinas anteriores, ou pelo menos é como ele se retrata em seu breve discurso de prefácio. Ele diz que ele viajou extensamente no Egito e na Mesopotâmia e recolheu informações de algumas das autoridades astrológicas mais importante nessas duas áreas (Doroteu 1, 1:4-5; 5, 1: 1-4)

Parece ter tido alguma relação com um dos textos astrológicos atribuídos a Hermes, embora a natureza dessa relação não seja exatamente clara devido a alguma confusão no texto existente. No início do trabalho diz que Dorotheus está escrevendo para o filho Hermes, e não está claro se este é simplesmente o nome de seu filho, ou se isso é algum tipo de dispositivo literário. Pingree pensa que a referência ao Hermes indicado era um estudante ou um discípulo de Dorotheu, como é frequentemente o caso quando tais referências são usadas nas obras filosóficas da tradição hermética (Pingree, Dorothei Sidonii, p. VII).

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