ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
Muito se tem falado sobre o eclipse solar de 21 de setembro.

No contexto da astrologia tradicional, ele não terá grande efeito sobre o Brasil, pois não será visível em nosso território. A sua visibilidade ficará restrita a uma pequena região do globo, próxima à Austrália e Nova Zelândia, e por ser um eclipse parcial, sua força é naturalmente reduzida.

O fenômeno ocorre no signo de Virgem onde Sol não tem força e, ao abrir a carta para o momento a partir do Brasil, vemos a conjunção Sol–Lua — que caracteriza o eclipse — posicionada na casa 7, associada a assuntos exteriores e relações internacionais. O ponto que conecta esse evento ao nosso país é o papel de Saturno, que ocupa a casa 1. No domingo, o céu estabelece uma sequência significativa: primeiro o Sol se opõe a Saturno, depois a Lua repete a oposição, e por fim ocorre a conjunção entre Lua e Sol. Esse encadeamento indica desafios ou pressões dirigidas a lideranças, já que o Sol — símbolo da autoridade — é ocultado e confrontado por Saturno. Isso sugere que, no cenário internacional, decisões envolvendo o Brasil podem ganhar destaque na pauta global.

Por outro lado, o Ascendente está em Peixes, com Júpiter exaltado na quinta casa — tradicionalmente associada à diplomacia e à habilidade de negociação. O trígono aplicativo entre Júpiter e Saturno reforça a ideia de que a diplomacia e o bom senso tendem a prevalecer sobre qualquer tensão.

Assim, embora o eclipse não deva trazer repercussões graves para o Brasil, ele sinaliza um momento em que as relações exteriores podem ser testadas. O desfecho mais provável não é de ruptura, mas de reafirmação de alianças e posicionamentos já conhecidos, com lideranças internacionais agindo conforme padrões previsíveis — lembrando-nos de que, mesmo sob a sombra do eclipse, a harmonia ainda encontra espaço para se impor.

#astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Muito se tem falado sobre o eclipse solar de 21 de setembro.

No contexto da astrologia tradicional, ele não terá grande efeito sobre o Brasil, pois não será visível em nosso território. A sua visibilidade ficará restrita a uma pequena região do globo, próxima à Austrália e Nova Zelândia, e por ser um eclipse parcial, sua força é naturalmente reduzida.

O fenômeno ocorre no signo de Virgem onde Sol não tem força e, ao abrir a carta para o momento a partir do Brasil, vemos a conjunção Sol–Lua — que caracteriza o eclipse — posicionada na casa 7, associada a assuntos exteriores e relações internacionais. O ponto que conecta esse evento ao nosso país é o papel de Saturno, que ocupa a casa 1. No domingo, o céu estabelece uma sequência significativa: primeiro o Sol se opõe a Saturno, depois a Lua repete a oposição, e por fim ocorre a conjunção entre Lua e Sol. Esse encadeamento indica desafios ou pressões dirigidas a lideranças, já que o Sol — símbolo da autoridade — é ocultado e confrontado por Saturno. Isso sugere que, no cenário internacional, decisões envolvendo o Brasil podem ganhar destaque na pauta global.

Por outro lado, o Ascendente está em Peixes, com Júpiter exaltado na quinta casa — tradicionalmente associada à diplomacia e à habilidade de negociação. O trígono aplicativo entre Júpiter e Saturno reforça a ideia de que a diplomacia e o bom senso tendem a prevalecer sobre qualquer tensão.

Assim, embora o eclipse não deva trazer repercussões graves para o Brasil, ele sinaliza um momento em que as relações exteriores podem ser testadas. O desfecho mais provável não é de ruptura, mas de reafirmação de alianças e posicionamentos já conhecidos, com lideranças internacionais agindo conforme padrões previsíveis — lembrando-nos de que, mesmo sob a sombra do eclipse, a harmonia ainda encontra espaço para se impor.

#astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Muito se tem falado sobre o eclipse solar de 21 de setembro. No contexto da astrologia tradicional, ele não terá grande efeito sobre o Brasil, pois não será visível em nosso território. A sua visibilidade ficará restrita a uma pequena região do globo, próxima à Austrália e Nova Zelândia, e por ser um eclipse parcial, sua força é naturalmente reduzida. O fenômeno ocorre no signo de Virgem onde Sol não tem força e, ao abrir a carta para o momento a partir do Brasil, vemos a conjunção Sol–Lua — que caracteriza o eclipse — posicionada na casa 7, associada a assuntos exteriores e relações internacionais. O ponto que conecta esse evento ao nosso país é o papel de Saturno, que ocupa a casa 1. No domingo, o céu estabelece uma sequência significativa: primeiro o Sol se opõe a Saturno, depois a Lua repete a oposição, e por fim ocorre a conjunção entre Lua e Sol. Esse encadeamento indica desafios ou pressões dirigidas a lideranças, já que o Sol — símbolo da autoridade — é ocultado e confrontado por Saturno. Isso sugere que, no cenário internacional, decisões envolvendo o Brasil podem ganhar destaque na pauta global. Por outro lado, o Ascendente está em Peixes, com Júpiter exaltado na quinta casa — tradicionalmente associada à diplomacia e à habilidade de negociação. O trígono aplicativo entre Júpiter e Saturno reforça a ideia de que a diplomacia e o bom senso tendem a prevalecer sobre qualquer tensão. Assim, embora o eclipse não deva trazer repercussões graves para o Brasil, ele sinaliza um momento em que as relações exteriores podem ser testadas. O desfecho mais provável não é de ruptura, mas de reafirmação de alianças e posicionamentos já conhecidos, com lideranças internacionais agindo conforme padrões previsíveis — lembrando-nos de que, mesmo sob a sombra do eclipse, a harmonia ainda encontra espaço para se impor. #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
2 dias ago
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Na tradição astrológica encontramos diferentes formas de identificar qual planeta exerce maior protagonismo dentro de um mapa natal. Entre eles destacam-se o Kurios, o Almuten Figuris e o Senhor da Genitura, conceitos aparentados, mas que se distinguem em método e significado.

O Kurios, na astrologia helenística, é concebido como o verdadeiro “capitão da embarcação”, o governante que conduz a vida segundo sua natureza e posição no mapa. Sua escolha envolve critérios semelhantes aos que mais tarde fundamentariam o cálculo do Almuten Figuris, sempre com a intenção de encontrar aquele planeta que possui autoridade sobre os pontos vitais da natividade.

O Almuten Figuris, talvez o mais popular entre os três, herda justamente esta lógica: ele representa o planeta que mais dispõe sobre os cinco pontos fundamentais do mapa (o Ascendente, o Sol, a Lua, a Parte da Fortuna e o grau da Sizígia pré-natal), considerando também algumas condições adicionais. Assim, não necessariamente é o planeta mais forte em termos de dignidade essencial, mas sim aquele que detém a maior capacidade de reger simbolicamente os pilares da figura natal.

Já o Senhor da Genitura se desenvolve a partir dessas mesmas ideias, mas amplia o campo de análise: em vez de se restringir a alguns pontos fundamentais, considera todos os planetas e suas dignidades essenciais, de modo a estabelecer qual deles é o mais forte do mapa em absoluto. Aqui, não importa apenas quem dispõe os principais lugares, mas sim qual planeta se ergue como o mais robusto em poder e autoridade geral.

Podemos resumir assim:
O Kurios é a raiz filosófica, a imagem do condutor da vida.
O Almuten Figuris mostra qual planeta dispõe com mais profundidade os pontos principais do mapa, ainda que não seja essencialmente o mais forte.

O Senhor da Genitura identifica, entre todos, o mais poderoso em dignidades essenciais, aquele que, de fato, governa com maior autoridade a natividade.

Dessa forma, cada conceito ilumina o mapa a partir de uma perspectiva distinta: um revela o comandante, outro o administrador dos pontos-chave e outro o soberano em força e dignidade.  #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Na tradição astrológica encontramos diferentes formas de identificar qual planeta exerce maior protagonismo dentro de um mapa natal. Entre eles destacam-se o Kurios, o Almuten Figuris e o Senhor da Genitura, conceitos aparentados, mas que se distinguem em método e significado. O Kurios, na astrologia helenística, é concebido como o verdadeiro “capitão da embarcação”, o governante que conduz a vida segundo sua natureza e posição no mapa. Sua escolha envolve critérios semelhantes aos que mais tarde fundamentariam o cálculo do Almuten Figuris, sempre com a intenção de encontrar aquele planeta que possui autoridade sobre os pontos vitais da natividade. O Almuten Figuris, talvez o mais popular entre os três, herda justamente esta lógica: ele representa o planeta que mais dispõe sobre os cinco pontos fundamentais do mapa (o Ascendente, o Sol, a Lua, a Parte da Fortuna e o grau da Sizígia pré-natal), considerando também algumas condições adicionais. Assim, não necessariamente é o planeta mais forte em termos de dignidade essencial, mas sim aquele que detém a maior capacidade de reger simbolicamente os pilares da figura natal. Já o Senhor da Genitura se desenvolve a partir dessas mesmas ideias, mas amplia o campo de análise: em vez de se restringir a alguns pontos fundamentais, considera todos os planetas e suas dignidades essenciais, de modo a estabelecer qual deles é o mais forte do mapa em absoluto. Aqui, não importa apenas quem dispõe os principais lugares, mas sim qual planeta se ergue como o mais robusto em poder e autoridade geral. Podemos resumir assim: O Kurios é a raiz filosófica, a imagem do condutor da vida. O Almuten Figuris mostra qual planeta dispõe com mais profundidade os pontos principais do mapa, ainda que não seja essencialmente o mais forte. O Senhor da Genitura identifica, entre todos, o mais poderoso em dignidades essenciais, aquele que, de fato, governa com maior autoridade a natividade. Dessa forma, cada conceito ilumina o mapa a partir de uma perspectiva distinta: um revela o comandante, outro o administrador dos pontos-chave e outro o soberano em força e dignidade. #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
1 semana ago
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A questão da escolha da data e do horário de nascimento sempre foi um tema delicado dentro da astrologia tradicional. Para além da técnica, envolve o fundamento filosófico da própria arte, que compreende o nascimento não como um acaso, mas como um momento dotado de sentido. A tradição sustenta que a alma, em sua descida, encontra no céu um retrato fiel das condições que irão moldar sua experiência terrena. Assim, tempo e lugar não são acidentes, mas expressão daquilo que foi escolhido em níveis mais sutis do ser.

Essa visão pode ser ilustrada pela metáfora da embarcação. O nascimento é como o instante em que o navio deixa o porto e lança-se ao mar. O céu, com seus astros dispostos de maneira singular, é a carta náutica que acompanha essa partida. Não é o marinheiro quem decide os ventos ou as correntes, mas é ele quem aceita navegar sob essas condições, sabendo que cada percurso se ajusta à sua própria travessia.

É natural que os pais, movidos pelo desejo de proteger, sonhem com a possibilidade de oferecer ao filho ventos mais suaves e águas mais tranquilas. No entanto, a verdadeira contribuição não está em tentar intervir no instante de sua partida, mas em reconhecer que cada alma traz consigo um propósito que merece ser respeitado. O maior presente dos pais é o amparo, o suporte e o amor que oferecem durante a travessia — especialmente nas circunstâncias que fogem ao seu controle.

Assim, em vez de buscar atalhos ou ilusões de segurança, o gesto mais profundo de cuidado é confiar na sabedoria que guia a escolha da alma e sustentar o filho para que ele navegue sua própria jornada com coragem e dignidade.

#astrologia #astrologiaclássica #anarodrigues_astrologa
A questão da escolha da data e do horário de nascimento sempre foi um tema delicado dentro da astrologia tradicional. Para além da técnica, envolve o fundamento filosófico da própria arte, que compreende o nascimento não como um acaso, mas como um momento dotado de sentido. A tradição sustenta que a alma, em sua descida, encontra no céu um retrato fiel das condições que irão moldar sua experiência terrena. Assim, tempo e lugar não são acidentes, mas expressão daquilo que foi escolhido em níveis mais sutis do ser. Essa visão pode ser ilustrada pela metáfora da embarcação. O nascimento é como o instante em que o navio deixa o porto e lança-se ao mar. O céu, com seus astros dispostos de maneira singular, é a carta náutica que acompanha essa partida. Não é o marinheiro quem decide os ventos ou as correntes, mas é ele quem aceita navegar sob essas condições, sabendo que cada percurso se ajusta à sua própria travessia. É natural que os pais, movidos pelo desejo de proteger, sonhem com a possibilidade de oferecer ao filho ventos mais suaves e águas mais tranquilas. No entanto, a verdadeira contribuição não está em tentar intervir no instante de sua partida, mas em reconhecer que cada alma traz consigo um propósito que merece ser respeitado. O maior presente dos pais é o amparo, o suporte e o amor que oferecem durante a travessia — especialmente nas circunstâncias que fogem ao seu controle. Assim, em vez de buscar atalhos ou ilusões de segurança, o gesto mais profundo de cuidado é confiar na sabedoria que guia a escolha da alma e sustentar o filho para que ele navegue sua própria jornada com coragem e dignidade. #astrologia #astrologiaclássica #anarodrigues_astrologa
2 semanas ago
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Na tradição astrológica existem práticas que não se sustentam na lógica clássica. Não se trata de simples proibições, mas de coerência filosófica e ética diante do modo como a astrologia tradicional compreende o destino humano.

1. Relocação do mapa natal
O mapa de nascimento é único, pois corresponde ao instante em que a alma, ao descer pelas esferas planetárias, adentra o mundo terreno em um lugar e tempo determinados. Esse marco é definitivo: nele está inscrita a assinatura da vida pelas águas do destino. Relocar o mapa natal quando a pessoa muda de cidade é, portanto, uma distorção da própria lógica tradicional. Algumas das principais técnicas de cronocracia como as profecções e direções, têm como base o ascendente e esse momento inaugural, dependem  e não podem ser reconstruídas em outro lugar. O que pode ser relocado, legitimamente, é a Revolução Solar, pois esta descreve as condições específicas de cada ano e pode, de fato, variar conforme o local onde a pessoa vive..

2. Escolha de cidade para o aniversário
A prática de viajar para “melhorar” o mapa da Revolução Solar segue a mesma incongruência. Ao buscar uma cidade que ofereça um mapa mais favorável, cria-se uma confusão conceitual: tenta-se tratar a Revolução Solar como se fosse uma carta eletiva. No entanto, a astrologia natal e a eletiva pertencem a campos distintos, com finalidades e delineamentos próprios. Misturá-los de forma indiscriminada gera uma espécie de bricolagem incoerente, que não respeita a natureza de cada ramo. A Revolução Solar deve ser calculada para o lugar onde a vida efetivamente se desenrola, pois é nesse espaço que os símbolos se concretizam.

A ética da astrologia tradicional, portanto, nos recorda de que o destino não se contorna por expedientes artificiais, mas se revela a partir do tempo e lugar originais do nascimento. O mapa natal é um selo intransferível, e a verdadeira sabedoria consiste em compreender seus símbolos e ritmos, não em buscar atalhos que distorcem sua ordem.

As mudanças vividas não são extraordinárias, são os reflexos do próprio barco da vida. 

O destino é imutável, mas podemos chegar a ele por caminhos variados.
Na tradição astrológica existem práticas que não se sustentam na lógica clássica. Não se trata de simples proibições, mas de coerência filosófica e ética diante do modo como a astrologia tradicional compreende o destino humano. 1. Relocação do mapa natal O mapa de nascimento é único, pois corresponde ao instante em que a alma, ao descer pelas esferas planetárias, adentra o mundo terreno em um lugar e tempo determinados. Esse marco é definitivo: nele está inscrita a assinatura da vida pelas águas do destino. Relocar o mapa natal quando a pessoa muda de cidade é, portanto, uma distorção da própria lógica tradicional. Algumas das principais técnicas de cronocracia como as profecções e direções, têm como base o ascendente e esse momento inaugural, dependem e não podem ser reconstruídas em outro lugar. O que pode ser relocado, legitimamente, é a Revolução Solar, pois esta descreve as condições específicas de cada ano e pode, de fato, variar conforme o local onde a pessoa vive.. 2. Escolha de cidade para o aniversário A prática de viajar para “melhorar” o mapa da Revolução Solar segue a mesma incongruência. Ao buscar uma cidade que ofereça um mapa mais favorável, cria-se uma confusão conceitual: tenta-se tratar a Revolução Solar como se fosse uma carta eletiva. No entanto, a astrologia natal e a eletiva pertencem a campos distintos, com finalidades e delineamentos próprios. Misturá-los de forma indiscriminada gera uma espécie de bricolagem incoerente, que não respeita a natureza de cada ramo. A Revolução Solar deve ser calculada para o lugar onde a vida efetivamente se desenrola, pois é nesse espaço que os símbolos se concretizam. A ética da astrologia tradicional, portanto, nos recorda de que o destino não se contorna por expedientes artificiais, mas se revela a partir do tempo e lugar originais do nascimento. O mapa natal é um selo intransferível, e a verdadeira sabedoria consiste em compreender seus símbolos e ritmos, não em buscar atalhos que distorcem sua ordem. As mudanças vividas não são extraordinárias, são os reflexos do próprio barco da vida. O destino é imutável, mas podemos chegar a ele por caminhos variados.
3 semanas ago
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Marcus Manilius dizia que as casas eram chamadas templos, e os planetas eram deuses, que moravam nestes templos.

Esta é uma ideia chave para compreendermos que existem certas casas celestes mais auspiciosas que outras em uma carta astrológica.

Esta citação de Marcus Manilius do início do texto, indica que cada planeta tem sua própria casa, ou morada, o que é claramnete explicado por Ptolomeu no Livro I do Tetrabiblos. No entanto esta é uma ideia que nasce com os estudos gregos, nos estudos dos períodos orbitais dos planetas, e não provém dos conhecimentos da Mesopotâmia. Talvez seja por isto, que Marcus Manilius, que viveu em tempo anterior a Ptolomeu não tenha se aprofundado no tema das regências planetárias em seu poema Astronomicon. Marcus Manilius se baseia dos ensinamentos estoicos sobre o Cosmos, partindo do pressuposto de existência de um universo geocêntrico. Nesta visão, entende-se os corpos celestes como expressão de um Logos, capaz de ordenar o universo. Ele diz sobre as constelações, estrelas, e o zodíaco, mas não detalha o esquema das regências planetárias, que vem depois a ser explicado partindo-se do Thema Mundi, o Mapa do Universo.

Além de seu próprio domicílio há certas casas da carta que podem oferecer poder ao planeta em um carta. Dorotheus de Sidon cita em Carmen Astrologicum no Livro I sobre a superioridade das casas. Durante a fase helenista ou heleênica da Astrologia as casas eram chamadas “lugares”.

“Mantenha o que eu digo sobre os lugares e a superioridade de uns sobre outros no poder. Portanto, o melhor dos lugares é o ascendente, depois o meio do céu, o que segue o meio do céu, que é o décimo primeiro do ascendente, então o oposto deste décimo primeiro lugar do ascendente, que é o quinto do ascendente que é chamado de casa da criança, então o oposto ao ascendente, que é o sinal do casamento, o cardine da terra e o nono lugar do ascendente.”

Dorotheus de Sidon – séc I EC

Quando delianeamos uma carta um dos primeiros caminhos para entender o poder de um planeta ou luminar, é compreender sua posição por signo e sua posição por casa.

Dorotheus ainda diz que uma planetam maléfico situado em uma casa, um signo de seu próprio domicílio, sua exaltação ou mesmo triplicidade tem sua força maléfica diminuída.

Na visão moderna da Astrologia dá-se mais importância aos aspectos entre os planetas, do que sua condição de poder por casa celeste. A condição celeste de um planeta nos indica se está apto a realizar os temas que lhe cabem, ou mesmo como realiza, em condição de força ou fraqueza, todos os temas que lhe cabem.

A condição terrestre, por sua vez nos diz se estes temas planetários têm poder na vida do nativo, se são produtivos ao nativo, ou não.

Antes de partir para a compreensão da carta, como um conjunto, é necessário compreender as partes, e o quanto elas representam neste conjunto.

Fontes:

Neugebauer & Parker, textos astronômicos egípcios Vol. III

Carmen Astrologicum, Livro I

Tetrabiblos – Ptolomeu

Astronomicon – Marcus Manilius

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