ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
A astrologia tem seus limites.

Não podemos pensar que, por ser uma arte divinatória, tudo está ao alcance do astrólogo.

Certas questões — especialmente no mundo moderno — exigem uma explicação prévia do consulente. O contexto faz toda a diferença na leitura.

Abū Maʿshar já dizia, em seu livro sobre as revoluções das natividades, que é essencial identificar a idade do nativo antes mesmo de iniciar as previsões. Isso porque os planetas revelam coisas diferentes conforme o momento da vida.

Lembro de uma leitura em que mencionei a possibilidade de lentidão em um processo jurídico. O consulente então me disse que tinha dois processos em andamento e queria saber qual deles teria andamento primeiro. Esse tipo de resposta, na astrologia natal, nem sempre é clara. O que podemos fazer é oferecer pistas, com base em certas características dos processos. No caso, ambos eram contra o governo, tratando de valores perdidos na aposentadoria — e, do ponto de vista astrológico, tinham os mesmos significadores. Isso torna a diferenciação bastante difícil.

Não vejo problema algum em explicar ao consulente quando algo não é possível de se responder com precisão. O que não devemos fazer, como astrólogos, é tirar respostas da “caixinha de surpresas” só para agradar o consulente. Isso pode gerar expectativas infundadas ou mesmo orientar decisões com base em elementos equivocados — e isso é uma responsabilidade ética que não podemos ignorar.

Lembre-se sempre: estamos lidando com vidas humanas.
A astrologia tem seus limites. Não podemos pensar que, por ser uma arte divinatória, tudo está ao alcance do astrólogo. Certas questões — especialmente no mundo moderno — exigem uma explicação prévia do consulente. O contexto faz toda a diferença na leitura. Abū Maʿshar já dizia, em seu livro sobre as revoluções das natividades, que é essencial identificar a idade do nativo antes mesmo de iniciar as previsões. Isso porque os planetas revelam coisas diferentes conforme o momento da vida. Lembro de uma leitura em que mencionei a possibilidade de lentidão em um processo jurídico. O consulente então me disse que tinha dois processos em andamento e queria saber qual deles teria andamento primeiro. Esse tipo de resposta, na astrologia natal, nem sempre é clara. O que podemos fazer é oferecer pistas, com base em certas características dos processos. No caso, ambos eram contra o governo, tratando de valores perdidos na aposentadoria — e, do ponto de vista astrológico, tinham os mesmos significadores. Isso torna a diferenciação bastante difícil. Não vejo problema algum em explicar ao consulente quando algo não é possível de se responder com precisão. O que não devemos fazer, como astrólogos, é tirar respostas da “caixinha de surpresas” só para agradar o consulente. Isso pode gerar expectativas infundadas ou mesmo orientar decisões com base em elementos equivocados — e isso é uma responsabilidade ética que não podemos ignorar. Lembre-se sempre: estamos lidando com vidas humanas.
15 horas ago
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Tem medo dos maléficos? Calma! — eles nem sempre trazem problemas.

Abū Maʿshar ensina que, em certas condições, até Marte e Saturno podem ser grandes aliados quando são senhores do ano na profecção do Ascendente. Olha que legal:

Quando Marte é o senhor do ano e está bem colocado — avançando, ganhando força, em signo que domina, na sua seita e em casas favoráveis — ele dá coragem, foco e disposição.

Você se sente mais forte, esperto, produtivo e conquista o que busca, inclusive com apoio de pessoas influentes. Reconhecimento e bons resultados no que fizer.

Se Saturno for o senhor do ano, e estiver bem posicionado tanto no mapa natal quanto na revolução — em casa própria, exaltação ou trígono, e em algum ângulo importante (especialmente o Meio do Céu) —, ele traz estabilidade, posses e conquistas sólidas.

Nem em todo momento os maléficos são vilões— às vezes, eles é que seguram as pontas e mostram do que você é feito.

#astrología #anarodrigues_astrologa
Tem medo dos maléficos? Calma! — eles nem sempre trazem problemas. Abū Maʿshar ensina que, em certas condições, até Marte e Saturno podem ser grandes aliados quando são senhores do ano na profecção do Ascendente. Olha que legal: Quando Marte é o senhor do ano e está bem colocado — avançando, ganhando força, em signo que domina, na sua seita e em casas favoráveis — ele dá coragem, foco e disposição. Você se sente mais forte, esperto, produtivo e conquista o que busca, inclusive com apoio de pessoas influentes. Reconhecimento e bons resultados no que fizer. Se Saturno for o senhor do ano, e estiver bem posicionado tanto no mapa natal quanto na revolução — em casa própria, exaltação ou trígono, e em algum ângulo importante (especialmente o Meio do Céu) —, ele traz estabilidade, posses e conquistas sólidas. Nem em todo momento os maléficos são vilões— às vezes, eles é que seguram as pontas e mostram do que você é feito. #astrología #anarodrigues_astrologa
1 semana ago
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Um pouquinho sobre a quadratura Sol Marte no dia 20 de Abril #anarodrigues_astrologa
Um pouquinho sobre a quadratura Sol Marte no dia 20 de Abril #anarodrigues_astrologa
2 semanas ago
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Conheço uma pessoa que está estudando astrologia horária tradicional e tem enfrentado bastante dificuldade para estabelecer o significador do quesito — ou seja, o planeta que significa o tema central da pergunta.

Em busca de esclarecimento sobre um erro que cometeu em uma análise, ele recorreu à inteligência artificial. A resposta do chat foi a seguinte:

"Você errou a resposta porque não conseguiu compreender adequadamente qual era o objeto da pergunta. Ao não identificar corretamente esse objeto, acabou escolhendo o significador errado.

Para acertar da próxima vez, deve-se perguntar: qual é o objeto da pergunta?

Um pouco de língua portuguesa aqui — uma frase é composta por sujeito, verbo e predicado. O objeto está no predicado. Por exemplo, se alguém pergunta 'Devo comprar uma casa?', o objeto da frase é 'uma casa'. Assim, você identifica na carta a casa astrológica que trata do tema 'casas' e o planeta regente será o significador da pergunta."

Achei a resposta do GPT interessante — e devo admitir que essa linha de raciocínio funciona em alguns casos. No entanto, ela não se aplica a todos.

Nem sempre o objeto gramatical da pergunta coincide com o verdadeiro objetivo do consulente. Por exemplo, se alguém pergunta: "Vencerei o processo?", o objeto é "processo". Como "processos" se relacionam ao tema jurídico, poderíamos pensar imediatamente na casa IX. Mas a questão não é apenas sobre o processo em si — e sim sobre obter sucesso nele. O foco está no julgamento e no veredito, temas pertencentes à casa X, que representa o magistrado.

Outro exemplo: se a pergunta for "Terei êxito no tratamento desta doença?", o objeto direto é "tratamento da doença", e o tema "doença" está associado à casa VI. Porém, o significador do sucesso — ou seja, se o tratamento será bem-sucedido — se encontra na casa X, ligada à vitória, êxito.

Também percebo, com frequência, uma confusão entre os significados das casas na abordagem moderna e na tradição. A IA ainda não consegue distinguir com clareza os diferentes métodos de interpretação astrológica.

A IA é útil, mas use com moderação — e, acima de tudo, com senso crítico.

#astrologia #astrologiaclassica
Conheço uma pessoa que está estudando astrologia horária tradicional e tem enfrentado bastante dificuldade para estabelecer o significador do quesito — ou seja, o planeta que significa o tema central da pergunta. Em busca de esclarecimento sobre um erro que cometeu em uma análise, ele recorreu à inteligência artificial. A resposta do chat foi a seguinte: "Você errou a resposta porque não conseguiu compreender adequadamente qual era o objeto da pergunta. Ao não identificar corretamente esse objeto, acabou escolhendo o significador errado. Para acertar da próxima vez, deve-se perguntar: qual é o objeto da pergunta? Um pouco de língua portuguesa aqui — uma frase é composta por sujeito, verbo e predicado. O objeto está no predicado. Por exemplo, se alguém pergunta 'Devo comprar uma casa?', o objeto da frase é 'uma casa'. Assim, você identifica na carta a casa astrológica que trata do tema 'casas' e o planeta regente será o significador da pergunta." Achei a resposta do GPT interessante — e devo admitir que essa linha de raciocínio funciona em alguns casos. No entanto, ela não se aplica a todos. Nem sempre o objeto gramatical da pergunta coincide com o verdadeiro objetivo do consulente. Por exemplo, se alguém pergunta: "Vencerei o processo?", o objeto é "processo". Como "processos" se relacionam ao tema jurídico, poderíamos pensar imediatamente na casa IX. Mas a questão não é apenas sobre o processo em si — e sim sobre obter sucesso nele. O foco está no julgamento e no veredito, temas pertencentes à casa X, que representa o magistrado. Outro exemplo: se a pergunta for "Terei êxito no tratamento desta doença?", o objeto direto é "tratamento da doença", e o tema "doença" está associado à casa VI. Porém, o significador do sucesso — ou seja, se o tratamento será bem-sucedido — se encontra na casa X, ligada à vitória, êxito. Também percebo, com frequência, uma confusão entre os significados das casas na abordagem moderna e na tradição. A IA ainda não consegue distinguir com clareza os diferentes métodos de interpretação astrológica. A IA é útil, mas use com moderação — e, acima de tudo, com senso crítico. #astrologia #astrologiaclassica
3 semanas ago
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A vida Jesus, o Nazareno é um dos fatos em que a História, e a arqueologia se debruçam em busca de evidências que ampliem nossos olhares para a vida deste ser, cujo o desenrolar de seus ensinamentos moldaram a História posterior.

Astrologicamente não é diferente. Particularmente já tive contato com uma variedade de teorias sobre a possível carta natal de Jesus. Um Jesus capricorniano, um Jesus pisciano, Um Jesus ariano, Um Jesus virginiano. Este é um dos temas muito difíceis de comprovação, pois carecemos de dados concretos sobre as datas.

Acompanhando os evangelhos do Novo Testamento não me parece que era um objetivo contar sobre a vida de Cristo e temporaliza-la. O objetivo mais nítido é compartilhar os ensinamentos que ele transmitiu aos apóstolos.

Para além do tema da carta natal de Jesus, temos também muitas dúvidas e teorias astrológicas sobre quais eventos representariam a Estrela de Belém.

A narrativa bíblica diz:

E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.
E o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.
E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo.
E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta:
E tu, Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo Israel.
Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
E, vendo eles a estrela, regoziram-se muito com grande alegria.
E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
E, sendo por divina revelação avisados num sonho para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.
E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José num sonho, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.
E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.

Mateus 2:1-23

Temos um primeiro impasse entre a Historia e as datas comemorativas. A fixação de 25 de dezembro como nascimento de Jesus foi acrescentada ao cristianismo porteriormente, por motivos religiosos e políticos.

Eventos mencionados nos evangelhos dão conta de que esta data não é a correta. A partir daí inicia-se uma busca infindável sobre dados astrológicos e astronômicos que comprovem a data de nascimento de Jesus.

Algumas teorias encontradas:

  • Cardanus levantou uma teoria relativa a passagem do cometa Halley. Ideia descartada posteriormente, porque este cometa teve sua passagem em 66 e.c.
  • Alguns astrônomos dizem se tratar de uma supernova.
  • O historiador e astrólogo Molnar diz sobre a ocultação de Lua -Júpiter, ocorrida em 17 de abril do ano 6 aec
  • Alguns astrólogos citam uma conjunção múltipla na constelação de Peixes.
  • Outra teoria levantada é pelo astrólogo Dieter Koch, é da ascenção helíaca de Vênus. No meu ponto de vista esta é uma possibilidade pouco provável. Vênus tem sua ascenção helíaca a cada 19 meses, pouco antes do nascer do Sol, quando é conhecida como “Estrela da manhã e portanto não seria uma fato desconhecido pelos magos do oriente.
  • No século XVI Johannes Kepler (De Stella nova, de Vero anno) levanta a possibilidade da conjunção de Júpiter – Saturno. Por meio de seus estudos ele aponta para a somativa dos brilhos destes astros. Esta teoria também é defendida por muitos astrólogos. Ferrari d’ Occhieppo, (1969) – Hughes (1979) – Seymour (1998), Courtney Roberts ( 2009). Segundo esta teoria Jesus teria nascido em 15 de setembro do ano 7 aec, em torno das 6h da manhã, quando Júpiter e Saturno em conjunção ascendiam no signo de Peixes.
  • E há quem diga que o panorama astrológico helenista no 1° século, motivou Matheus em sua narrativa evangélica sobre a Estrela de Belém, e que esta se refere à ascensão heliacal de Júpiter, ocorrida no ano 6aec. Quem defende esta teoria é o teólogo Heinrich Gisbert Voigt (1860-1933). Ele diz que a literatura gnóstica dos primeiros anos da era comum, em especial Pistis Sophia, indicam Júpiter como o planeta símbolo do povo e da religião judaica, e não mais Saturno como anteriormente. Ele ainda argumenta que a astrologia horoscópica, voltada a confecção e interpretação da carta natal, só vem ganhar importância em tempos futuros, e que para os magos não era relevante.

Uma conclusão que aponte para um mesmo caminho ou teoria é um tanto difícil.
Não podemos nem afirmar que os “Magos do Oriente” existiram de fato, eles são citados somente no Evangelho de Matheus e faz lembrar muito algumas profecias antigas a ele, como “Uma estrela avança de Jacó, um cetro se levanta de Israel”, mencionada em Número, capítulo 24, versículo 17.

Pela carência de fatos históricos ficamos no campo das possibilidades e conjecturas. No que diz sobre a Astrologia podemos nos valer de muitas teorias e todas com profundidade técnica, mas não sabemos ao certo a data de nascimento de Jesus. Supõe-se que tenha nascido entre o anos VII e II aec, o que dificulta muito identificar o fenômeno que representou a Estrela de Belém.

Enquanto isto, este tema continua sendo de grande fascinio não só para astrônomos, e astrólogos, como para toda as Humanidade.

Autor: Ana Rodrigues

Fontes:

The Star of Bethlehem and the Magi. Barthel Peter (2014)

The Star of Magi, The mystery tht heralded the coming of Christ, Courtney Roberts (2009)

The Star of Bethlehem and Babylonian Astrology: Astronomy and Revelation Reveal What the Magi Saw, Dag Kihlman Publish; Edição: 1, 2017

Site: ww.cura.free.fr/16christ.html

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